Não era bonita nem feia,
bem longe da flor da idade,
mas tinha protusas nádegas,
as ancas de uma sereia
e era no bar a única.
Os homens a perfuravam
com seus olghares sedentos,
tornados naquele momento
poetas de ocasião,
juntando lira e tesão.
alguns a sonhavam na cama,
alguns a queriam mimosa,
fazendo promessas românticas.
Mas todos lançavam olhares
ferventes de aquebrantar.
Divina musa da noite,
bebendo, olhando pro longe,
e os homens, carentes de afeto,
a viam naquele momento
beleza maior do Universo.
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